Os grifos são conexões. Waly não é apenas um leitorescritor, mas um artista que transitou pela música, artes plásticas, cinema, poesia, performance e etc. Se na vida costurava lugares e pessoas, nos livros conecta autores, ideias e palavras. Suas anotações particulares nos permitem fazer contato com o que marcou seu pensamento no momento da leitura. São mensagens na garrafa para o futuro leitor que ele seria ao reler seus textos grifados.

A exposição permite, assim, que o público seja esse futuro leitor. A Biblioteca de Grifos de Waly Salomão, título criado por Marcelo Yuka, é um jogo para ser montado ao bel prazer do visitante, e deve ser vista com antenas ligadas e terminais em aberto. Seus grifos, assim como suas falas acentuadas, transitam entre vários saberes. Através deles, Waly Salomão se faz presente e continua a reverberar em nosso imaginário. O projeto tem também como objetivo a organização da biblioteca de Waly Salomão.