Vandelli

Exposição Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Introdução

A exposição O gabinete de curiosidades de Domenico Vandelli foi realizada no Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (MUMA/JBRJ) em 2008, ano que o Jardim completou seus 200 anos. A exposição reúnem produções interessantes que antes se encontravam dispersas. Do ponto de vista histórico, eles foram precursores dos museus, lugares onde os colecionadores dos séculos XVI, XVII e início do XVIII guardavam, ainda sem catalogação e categorias, tudo o que julgassem pitoresco: artefatos, produtos naturais e relíquias sagradas.
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— Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Ano

— 2008

Gabinetes de curiosidades reúnem produções interessantes que antes se encontravam dispersas. Do ponto de vista histórico, eles foram precursores dos museus, lugares onde os colecionadores dos séculos XVI, XVII e início do XVIII guardavam, ainda sem catalogação e categorias, tudo o que julgassem pitoresco: artefatos, produtos naturais e relíquias sagradas.

Quando o território brasileiro passou a ser pesquisado, através das comissões demarcadoras e das viagens filosóficas, a Europa iluminista fez novo contato com a fauna e a flora não descrita, com objetos sagrados e com artefatos humanos desconhecidos.

Nesse período de mapeamento e investigação das colônias ultramarinas, os gabinete já eram locais de acumulação do “exótico”. Sob a “luz da razão”,  eles se tornaram ambientes associados a museus e universidades e receberam nomes de acordo com suas especificidades: gabinete de história natural, gabinete de moedas, gabinete de física experimental…

O gabinete de curiosidades de Domenico Vandelli é um projeto que engloba pesquisa, edição de livros e exposições para pensar sobre o impacto da diversidade brasileira no mundo iluminista europeu. É também uma forma de acessar conhecimentos nativos registrados há mais de 200 anos. Um dos resultados desse estudo é a visão de que o maior tesouro do Brasil não era o ouro, ou outros minerais, e sim o reconhecimento da natureza.

Nosso ponto de partida foi a leitura de textos e imagens nas bibliotecas e museus europeus e brasileiros. Essa exposição foi um convite à leitura pública e coletiva de livros, significados e representações: sons, artes plásticas e projeções colaboram para que a interpretação do grande livro da natureza alcance dimensões mais sensíveis.

A FINEP abriu os caminhos para que a pesquisa se realizasse, e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi o lugar onde todos nossos caminhos de encontraram.

FICHA TÉCNICA

Curadoria: Anna Dantes
Design Visual: Sônia Barreto
Produção Executiva: Rita Ventura
Arquitetura: Israel Nunes
Assistente de Arquitetura: Zilda Moschkovich
Artista convidado: Luiz Zerbini
Projeções: Joana Ventura e João Bonelli
Trilha Sonora: Lucas Santtana e Chico Neves
Greenwall: Bruno Rezende
Designer Assistente: Regina Kemp
Assistente de produção: Glaucio Coelho
Equipe Dantes: Liana Luna, Lucas Murtinho e Juliana Wähner
Iluminação: Belight
Cenotécnica: H.P. Silva Producões de Evento
Fotografia: Anna Dantes, Lucia Loeb Mindlin e Paulo Barreto
Consultoria em Produção gráfica: Sidnei Balbino
Patrocínio: FINEP e Fundação BNP Paribas
Apoio Institucional: Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Museu Nacional/ UFRJ, Ministério das Relações Exteriores, Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa, Jardim Botânico de Lisboa
Realização: Dantes Editora
Agradecimentos: Angela Côrrea, Associação de Amigos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Cecília Beatriz, Claudio Nicoletti, David Ricardo Moreira Ramos, Fábio Scarano, Guido Gelli, Lidia Vales, Liszt Vieira, Luisa Rocha, Luiza Marcier, Lygia Sigaud, Mariana Saavedra, Marta Vianna de Moraes, Rafaela Forzza, Ricardo Reis, Rosana Simões Medeiros, Sidnei Balbino, Suzana Milman, Thereza Baumann, Vicente Moreira Conti, Yara Britto e toda a equipe do Jardim Botânico.
Fotos da montagem: Pepê Schettino