O livro Plantas mestras, tabaco e ayahuasca, de Jeremy Narby e Rafael Chanchari Pizuri, aspira compartilhar com os leitores conhecimentos científicos e tradicionais sobre estas duas entidades vegetais.
Como plantas podem ser professoras? Como ocorrem as conexões que revelam uma outra linguagem além das palavras? Jeremy Narby, autor de A serpente cósmica, o DNA e a origem do saber (Dantes, 2018), busca a compreensão a partir da ciência, mesmo que não se exima da experiência, ou mesmo parta dela. Rafael Chanchari Pizuri, do povo Shawi, segue a tradição dos “médicos”, especialistas em curas através de plantas.
Para compor essa trança de perspectivas, convidamos Peconquena para ilustrar a publicação. Com sua arte, ela nos revela os donos da plantas, espíritos que animam e protegem o tabaco, o cipó de ayahuasca e a chacrona.
A tradução é de Daniel Lühmann e Victoria Mouawad.
A orelha do livro é assinada por Ailton Krenak e Carlos Papá, que também produziram uma conversa transcrita nos Cadernos Selvagem, Entrar no mundo, conversa sobre plantas mestras.
PESO | 0.280 kg |
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AUTOR | Jeremy Narby e Rafael Chanchari Pizuri |
NÚMERO DA EDIÇÃO | 1 |
IDIOMA | Português |
ANO DA EDIÇÃO | 2022 |
PRODUTO SOB ENCOMENDA | Sim |
EDITORA | Dantes |
I.S.B.N. | 9786588069059 |
ALTURA | 21 cm |
LARGURA | 14 cm |
NÚMERO DE PÁGINAS | 144 |
ACABAMENTO | Brochura |
SOBRE OS AUTORES:
Jeremy Narby nasceu em 23 de outubro de 1959, em Montreal, no Canadá. Estudou História na Universidade de Canterbury e obteve seu doutorado em Antropologia pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Passou muitos anos na Amazônia peruana, junto aos Ashaninka. Com o objetivo de contribuir na luta contra a devastação, catalogava o uso que os indígenas faziam dos recursos da floresta.
Escreveu muitos livros tratando dos sistemas de conhecimento indígenas e do uso da ayahuasca para obter conhecimento.
Desde 1989, trabalha sob mandato como diretor de projetos na Amazônia para a ONG suíça Nouvelle Planète, atuando na defesa dos povos indígenas.
Vive com sua companheira na região do Jura, na Suíça.
Entre suas obras, destacam-se A serpente cósmica, o DNA e a origem do saber (Dantes, 2019); Chamanes au fil du temps [Xamãs ao longo do tempo] (Albin Michel, 2014); e Intelligence dans la nature, en quête du savoir [Inteligência na natureza, em busca do saber] (Buchet Chastel, 2005).
Rafael Chanchari Pizuri nasceu em 1962, na comunidade indígena Chacatán, na região de Loreto, na Amazônia peruana.De sua cultura, ele aprendeu a língua e as artes, as histórias de tradição oral, a música, o canto, a dança, a tecelagem, o cultivo da terra e as propriedades das plantas medicinais, das quais se serve até hoje em sua prática da medicina tradicional. Até os 15 anos, Rafael falava apenas sua língua materna, o Shawi; em seguida, aprendeu espanhol na escola. Seu excelente domínio dessa língua lhe permite ensinar outros Shawi. Aos 32 anos, ele viaja até Iquitos, no Peru, a 450 quilômetros de sua terra natal, para formar futuros educadores shawi em sua própria língua e cultura.
Hoje em dia, ele continua vivendo em Iquitos e trabalha como formador. Também é médico, ou seja, médico tradicional especializado no uso terapêutico das plantas.
Educador, curandeiro, jardineiro e pensador amazônico, Rafael Chanchari Pizuri sabe navegar entre mundos e entrelaçar diferentes culturas.
Peconquena, ou seja, “ela que chama as cores”, é uma artista do povo Shipibo-Konibo, também conhecida pelo nome Lastenia Canayo. Sua concepção animista da natureza lhe permite capturar através do desenho, pintura e bordado, representações de seres que, na cosmovisão deseu povo, são os protetores da natureza. Os “donos”, chamados de Ibo na língua Shipibo, são espíritos que dão às plantas e aos animais poderes para agir sobre o mundo e transformá-lo. Suas obras fazem parte da Flecha Selvagem, A selva e a seiva.